Foto de família do autor

Viktor David Salis nasceu em Atenas, Grécia. Formou-se em Psicologia em 1971 pela PUC/SP. Estudou Epistemologia Genética, em Genebra, Suíça, dirigida ao desenvolvimento ético e social da criança e do adolescente. Em 1977, completa seu primeiro doutorado, orientado pelo epistemólogo e geneticista suíço Jean Piaget.

Em 1981, estudou a ética dos mitos da Paideia na formação do homem grego na Antiguidade, iniciado com o fenomenólogo austríaco Igor Caruso, na University of Salzburgo, Áustria, e finalizado na Sorbonne Université, na França, onde obteve seu segundo doutorado.

Teve como mestres, o mitólogo e historiador das crenças e religiões, Mircea Eliade; o mitólogo dos símbolos e das culturas, Joseph Campbell e o historiador e antropólogo francês, especialista na Grécia Antiga, Jean-Pierre Vernant. Também foi aluno de mestres como Fernand Schwarz, Giulia Siussa e Marcel Detienne e participou de seminários na Sorbonne com Jean Piaget, Jacques Lacan, Michel Foucault, P. Fraisse e Claude Lévi-Strauss.

Prof. Dr. Viktor D. Salis é autor de mais de 50 obras no campo da Mitologia e da Psicologia, que têm a finalidade de resgatar a arte de viver e amar, bem como restaurar a Paideia para a formação de um homem ético e criador no século XXI.

Dedica-se aos estudos das tradições e mitos das antigas civilizações e atua como psicoterapeuta, em um processo que denomina “Terapia Mítica”, que tem como objetivo a busca do conhecimento de si e do outro, através dos mitos arcaicos, que auxiliam a compreensão e a evolução do ser humano, conferindo sua identidade e sentido cósmico.

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A Terapia Mítica

Trata-se de um processo terapêutico que tem como objetivo primordial recuperar o sentido da existência do ser humano, através dos mitos chamados universais. Trata de se colocar de frente ao enigma fundamental da vida, chamado pelos povos arcaicos de Enigma da Esfinge, que consistia nas interrogações: Quem és tu e que fazes aqui? De onde vieste? Para onde vais? A terapia mítica é o estudo os mitos e a busca de recriá-los em cada ser humano, dentro de seu contexto de vida, partindo do arcaíssimo princípio de que cada ser vivo é a reunião de determinados mitos, que conduzem e dão sentido à existência.

Descobrir o mito pessoal só é possível com o conhecimento da própria natureza e essência, forças fundamentais que nos impulsionam para viver com entusiasmo e paixão. É o que os antigos chamavam “viver com Pathos”. “Pathos” originalmente significava “paixão”, não em seu sentido atual e vulgar, mas no sentido de estar atraído pela vida. Quando este sentimento era perdido, poderia se originar toda a sorte de doenças do corpo e da alma. É irônico observar que a palavra “Pathos” é a raiz de Patologia e indica o estudo das doenças. A falta de paixão pela vida é a principal doença da modernidade e a causa de muitas enfermidades. Somado a isso, a própria ciência aprova esta conduta, sem falar da indústria farmacêutica, que oferece infinitos tipos de drogas muito lucrativas para ela, mas muitas vezes tão danosas para a verdadeira saúde da humanidade.