
A Psicopatologia dos Mitos
Ano de Lançamento: 2014
Não merece compaixão o doente que tem o remédio às mãos. (Hipócrates). Nestes simpósios, seminários e conferências, são abordados os conceitos de doença e saúde para o pensamento filosófico dos antigos gregos e egípcios, revelando sua extraordinário atualidade em pleno séc. XXI. A doença era compreendida como o resultado de um modo de vida desarmônico e desapaixonado. Essa falta de paixão pouco tem a ver com a amorosa, estando mais ligada ao sentido da palavra apathos, que pode ser traduzido libremente como a falta de atração pela vida, pois, quando se perdia essa atração pela vida, pois, quando se perdia essa atração, o sujeito ficava exposto a toda sorte de males do corpo e da alma. Pathos, a paixão pela vida, curiosamente está hoje na raiz da palavra patologia, que é como ficou designado nos dias atuais o estudo das doenças. Estaria, na modernidade, o homem condenado a viver sem paixão pela vida e pelo outro? Os gregos antigos consideravam os opostos aristos (o homem que se assemelha aos deuses - plenitude do ser) e arostos(o homem que se afasta dos deuses - ausência de plenitude, é o que está doente) como o fundamento da medicina e da busca de terapias para o resgate da saúde. Esta era a forma de tratar o corpo, a psiquê e o pneuma (espírito) que, ironicamente, tentamos hoje resgatar.
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